quinta-feira, 15 de outubro de 2009

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Era assim, eu e você. E Nós dois. Não assim juntos, mas cada um em sua própria realidade que canalizava uma ligação entre ambos.
Estavam próximos porque coincidiam.
Não voavam mais alto do que podiam mas sonhavam mais alto do que poderiam. E esse era o segredo.
Não queriam se revelar por inteiro, pois isso só não bastava.
Primeiro haveriam de sentir.
A definição viria do outro lado.
O seu espelho.
O espelho do que queria e o que não deveria.
O espelho do medo de ser e o receio de não chegar a ser.
Embriagados pela própria verdade e sentido.

2 comentários:

  1. Fiquei embriagado por cada verbo intenso utilizado (canalizar, encontrar, voar, sonhar, querer, ser).
    Mas e ele queria o que? Gostaria de saber.

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  2. agradável prosa poética...
    grata vereda pela qual resolvi adentrar! estarei dando uma espiada sempre que for possível por aqui.

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